Uma boa notícia para a Saúde de Viana. O município tem apresentado redução significativa nos casos de sífilis congênita, aquela que afeta o bebê durante a gestação. Em 2018, foram registrados 19 casos na cidade e em 2019 foram apenas 02, uma redução de 89% em relação ao ano anterior. O diagnóstico foi realizado no período de janeiro a setembro de 2018 a 2019.
A Sífilis congênita acontece quando a bactéria responsável pela doença, o Treponema pallidum, passa da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto, caso a mulher tenha lesões na região genital, causadas pela bactéria. Os sinais precoces são: lesão de pele característica, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, incapacidade de ganhar peso, secreção nasal sanguinolenta, fissura perioral, meningite, coroidite, hidrocefalia, convulsões, retardo mental, osteocondrite e pseudoparalisia (atrofia de Parrot do recém-nascido).
Os sinais tardios são úlcera gomosa, lesões periostais, paresias, tabes, atrofia óptica, queratite intersticial, surdez sensorineural e deformidades dentárias. O diagnóstico é clínico e confirmado por microscopia ou sorologia. O tratamento é feito com penicilina.
Em Viana, os profissionais da Saúde realizam o teste rápido, uma forma simples de detectar a sífilis e outras doenças transmitidas sexualmente. Já uma forma de evitar a contaminação na gestação é fazer o acompanhamento pré-natal. Durante o acompanhamento, o exame para DST é solicitado e, em caso de contaminação, a gestante começa o tratamento para evitar parto prematuro, aborto ou que a criança nasça com algum problema de saúde.
Sinais e sintomas
Muitos pacientes são assintomáticos, e a doença pode permanecer clinicamente silenciosa durante toda a vida. A Sífilis congênita precoce geralmente se manifesta durante os primeiros 3 meses de vida. As manifestações incluem erupções vesiculobolhosas características ou erupção macular com coloração cúprica nas palmas das mãos e nas solas dos pés, lesões papulares ao redor do nariz, da boca e das áreas das fraldas e, ainda, lesões petequiais. Linfadenopatia generalizada e hepatoesplenomegalia ocorrem com frequência.
O lactente não ganha peso e apresenta secreção nasal mucopurulenta ou sanguinolenta causando fungação. Algumas crianças desenvolvem meningite, coroidite, hidrocefalia ou convulsões, e outras podem ainda ter retardo mental. Nos primeiros 8 meses de vida, surge osteocondrite (condroepifisite), especialmente em ossos longos e arcos costais, podendo provocar pseudoparalisia dos membros com alterações ósseas radiológicas características.
Sífilis congênita tardia geralmente se manifesta após o segundo ano de vida e causa úlcera gomosa, com tendência ao envolvimento de nariz, septo e palato duro, e lesões periostais provocam a chamada tíbia em lâmina de sabre e bossa nos ossos parietais e frontal. A neurossífilis geralmente é assintomática, porém pode ocasionar paresia juvenil e tabes. Pode ocorrer atrofia óptica, que, algumas vezes, leva a cegueira.
A lesão ocular mais comum é a queratite intersticial e ocorre, com frequência, como resultado da cicatrização da córnea. A surdez sensorineural é geralmente progressiva e pode surgir em qualquer idade. Dentes incisivos de Hutchinson, molares “em amora”, fissuras periorais (rágades) e desenvolvimento anormal da maxila resultando na chamada face de “buldogue” são sequelas características, porém raras.
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Texto: Andressa Rocon
Foto(s): Divulgação
Publicado em sábado, 09 de novembro de 2019