Meningite: a informação ajuda na prevenção

Tendo em vista as mudanças climáticas, com dias bem frios e a temperatura baixa, é importante ter alguns cuidados, principalmente com as crianças, na prevenção de doenças típicas desta época do ano, como a meningite. Desta forma, algumas campanhas vacinais no país são feitas para atender à prevenção a esta doença. Até outubro, em todo o Brasil, o Ministério da Saúde, por meio das Unidades de Saúde nos municípios, realiza um movimento para vacinação do segundo reforço para meningite, que compreende o público-alvo de adolescentes de 12 a 13 anos de idade.

A Secretaria de Saúde tem levado a vacinação para as escolas municipais onde estudam alunos nesta faixa etária. A iniciativa está sendo feita ao mesmo tempo da vacinação contra HPV, que atende a este mesmo público. Objetivo é otimizar o trabalho feito pela equipe e garantir que esses adolescentes, que nem sempre buscam pelos serviços de saúde nas Unidades, recebam o segundo reforço da vacina. Além disso, todas as Unidades de Saúde oferecem a vacinação, além de atualização da caderneta para quem esteja com o calendário de vacinas atrasado.

Imunização

Já no primeiro mês de vida, recém-nascidos tomam vacinas que garantem a imunidade para várias doenças. A vacinação é feita, de acordo com o calendário de vacinação, por meio de duas doses na infância: aos três e cinco meses de vida. Ainda na infância, é aplicado o primeiro reforço da vacina, com um ano de idade. Já na adolescência, é aplicado o segundo reforço da vacina, com 12 a 13 anos. "É importante os pais ficarem atentos à caderneta de vacinação do filho. Quem estiver com a vacina em atraso, basta procurar a Unidade de Saúde mais próxima", disse o secretário de Saúde Luiz Carlos Reblin.

O secretário ainda alerta que a vacina aplicada é para proteger quanto ao tipo de meningite C, ou seja, a causada por bactéria, que é a mais grave. A meningite causada por vírus, que é a mais comum e mais branda, não necessita dos métodos de bloqueio, por exemplo.

"A meningite viral é a forma mais branda da doença. Não causa graves complicações e o tratamento é mais simples. Para esse tipo não é preciso vacinar. Já para a meningite causada por bactéria, que é a mais séria, essa sim, é a que se pode prevenir por meio da vacina e é neste caso que são tomadas medidas mais urgentes, como uso de antibiótico, por exemplo", afirmou.

Vacinação

As vacinas oferecidas pelo SUS estão disponíveis nas Unidades de Saúde do município e são aplicadas seguindo ao cronograma de campanhas do Ministério da Saúde, que apresenta o dia D para a vacinação e busca atingir, também, quem não está em dia com as vacinas dos seus filhos.

A primeira dose de vacina contra a meningite é a Pneumocócica conjugada que protege contra a bactéria da meningite e da pneumonia. É administrada em 3 doses e um reforço.

Aos 3 meses; Meningocócica C – 1º dose

Aos 5 meses Pneumocócica conjugada – 2º dose

1 ano; Meningocócica C – dose do primeiro reforço

12 e 13 anos; Meningocócica - dose do segundo reforço

Meningite

Ela afeta o sistema nervoso central, originando um processo inflamatório que atinge a meninge e a medula espinhal. As duas variações mais comuns da doença são a bacteriana e viral. A transmissão é por via respiratória, saliva e secreção nasal (espirros) e da garganta (tosse). Por isso, é importante evitar ficar em ambientes fechados.

A higiene das mãos é muito importante, por isso se deve lavar as mãos, com água e sabão, lavar o nariz, sempre depois de estar em local com acúmulo de pessoas e usar álcool em gel. A forma de prevenção mais usada é a vacinação, disponíveis no calendário básico do Programa Nacional de Imunização ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Sintomas da doença

Em crianças, com idade acima de um ano, e, em adultos, pode apresentar febre alta, dor de cabeça intensa e contínua; vômito, náusea, perda do apetite, sonolência, confusão mental, agitação, grande sensibilidade à luz, rigidez de nuca; manchas vermelhas na pele. Alguns casos podem apresentar diarréia e crises convulsivas.

As crianças menores de um ano podem apresentar sintomas diferentes como moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro, rigidez corporal.

Transmissão

A transmissão do tipo de meningite bacteriana é dada por vias respiratórias, secreções nasais de pessoas do convívio, como pessoas da mesma casa, dormitório, comunidade, creche ou escola.

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Texto: Andressa Mota
Foto(s): Divulgação

Publicado em quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Atualizado em quinta-feira, 31 de agosto de 2017

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