Em 1813 pisaram em solo brasileiro 53 famílias vindas do arquipélago dos Açores, um conjunto de ilhas portuguesas. Os imigrantes foram trazidos pelo pioneiro Paulo Fernandes Viana em uma viagem de mais de 6 mil quilômetros com um destino: uma pequena vila no Espírito Santo. A missão deles era estabelecer um povoado às margens da estrada que ligava Minas Gerais a Vitória. Para isso, os primeiros que aqui chegaram, receberam terrenos, casas e ferramentas. Eles se instalaram nas proximidades do Rio Jucu e seus afluentes, Formate e Santo Agostinho, e iniciaram o cultivo de plantas.
A semente desta chegada encontrou aqui terreno fértil para crescer, florescer e expandir, por meio, claro, do trabalho árduo e empenho do povo açoriano. Mais de um século depois, com raízes fincadas na terra, os frutos dessa imigração podem ser observados. A vila se tornou uma grande cidade, onde habitam mais 80 mil pessoas e se desenvolve a agricultura, o empreendedorismo e a logística: essa cidade é Viana!
Mesmo após dois séculos, a relação com o arquipélago ainda pode ser sentida na cidade, seja nos casarios antigos, que resistem ao tempo, na identidade cultural e religiosa, com a tradicional Festa do Divino Espírito Santo, e principalmente na população que constrói Viana todos os dias.
Este ano, quando a cidade comemora 160 anos de emancipação, Viana recebe pela primeira vez a comitiva do Governo dos Açores. Os representantes dos nossos antepassados retornaram ao solo vianense nesta terça-feira (26), data marcada pela inauguração do monumento da imigração açoriana e lançamento do hino da cidade.
O objetivo da visita é criar políticas públicas e ações para fortalecer a cultura açoriana da cidade e também estreitar ainda mais as relações internacionais com o arquipélago.
A comitiva contou com a presença de representantes das Casas dos Açores do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além do excelentíssimo diretor Regional das Comunidades dos Açores, José de Andrade.
O diretor destaca a semelhança na identidade cultural e religiosa entre as comunidades, além da natureza preservada da cidade, que propicia uma viagem no tempo.
“Essa visita é um resgate do passado e uma projeção para o futuro. A contribuição cultural deixada pelos açorianos ainda hoje é sentida na cidade, desde os casarios antigos até a persistente celebração da nossa comum Festa do Divino. Este é um momento histórico que preenche e enriquece o nosso comum coração açoriano. Viana ontem, hoje e para sempre também é Açores”, destacou o José.
O prefeito Wanderson Bueno pontua que o resgate da história da colonização e preservação da cultura dos antepassados é o dever de um povo.
“Não sei se todos conseguiram entender a dimensão do que estamos fazendo hoje. Estamos dando um passo importante para a cultura da nossa cidade. Não escolhi nascer em Viana, mas escolhi essa cidade para viver, ter minha família e fincar minhas raízes. Hoje, eu fico muito feliz de estar com vocês inaugurando esse marco em homenagem a essa cultura que nós recebemos e devemos propagá-la por toda a cidade. É isso que vamos fazer através da nossa educação e dos nossos espaços culturais”, destacou o prefeito.
A visita é apenas o início de um intercâmbio que tem potencial para contribuir para o desenvolvimento cultural de Viana e para a manutenção da história açoriana na cidade.
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Texto: Ygor Amorim
Publicado em terça-feira, 26 de julho de 2022
Atualizado em quarta-feira, 27 de julho de 2022