Práticas Pedagógicas de inclusão é tema de seminário promovido pela Educação

A Secretaria de Educação, Esportes e Lazer reuniu na noite desta terça-feira (21), no Teatro Municipal de Viana, o material utilizado em sala de aula durante as atividades das equipes de Educação Especial nas escolas. O material é todo voltado para estimular a criança que é acompanhada por estagiários, que utilizam materiais como tampinhas de garrafas para fazer instrumentos musicais, lã de aço para mostrar a textura ao aluno que não enxerga.

A Educação Especial de Viana se dedica intensamente nos cuidados dos alunos atendidos nas escolas do município durante o horário de aula e, também, no contra turno e realizam atividades que os estimulam, usando uma metodologia toda especial para despertar o interesse destes alunos.

Os estagiários da Educação Especial trabalham usando materiais que auxiliam na aprendizagem dos alunos com diagnóstico que dificultam o aprendizado na escola em apenas um turno. Instrumentos musicais, brincadeiras que estimulam o aluno no aprendizado e, também, no convívio social e familiar.

Para a secretária de Educação, Esportes e Lazer de Viana, Luzian Belisario, todo esse material é fruto de muita dedicação. “Nossos professores fazem toda a diferença porque se dedicam e se interessam pelo aluno individualmente, colocando muita dedicação e amor na hora de desempenhar bem o seu trabalho, prova disso é a premiação que recebemos pelo Projeto Libras”, disse.

As formadoras das capacitações promovidas pela Educação e integrantes da equipe da Educação Especial de Viana, Gabriela Roncatt e Diuzelena Maioli, são as responsáveis pela formação dos estagiários que receberão certificado de 60 horas.

Projetos

O 'Projeto Inclusão de Professores Saberes Necessários' teve como tema: Educação Especial: Deficiência intelectual/mental - transtornos escolares. Foram 3 turmas, totalizando 138 cursistas  que recebem certificado em 120 horas tendo como público-alvo os professores da rede municipal e profissionais da Secretaria Muncipal de Saúde, orientadas pelas professoras Desiree Pesca e Diuzelena Maioli.

O curso básico de Libras foi realizado pelas professoras Gladys Mattos e Carla Huver, por intermédio do Projeto Libras: mãos que transformam, em 2017, e que disponibilizou quatro turmas, com 139 alunos, tendo como público-alvo os servidores do município, comunidade, familiares de alunos surdos, APAE Viana e professores da rede.

Palestra

Os professores Carlos Fabian de Carvalho e Alessandra Gomes Porto Magalhães conversaram com os professores sobre “Práticas pedagógicas inclusivas na Educação de jovens e adultos” e provocaram a plateia sobre o tema abordado.

“A educação especial inverte a lógica médica. Todo sujeito é capaz de aprender, resta a nós os professores entendermos que o tempo deles é diferente dos outros alunos e a metodologia que aplicamos precisa ser avaliada para se adequar ao aluno especial, dessa forma, teremos sempre resultados que deixarão a medicina impressionada”, destaca o professor Carlos.

O trabalho das professoras é muito delicado. São elas que identificam até primeiro que os pais, que a criança precisa de ajuda. “Em muitos casos, levamos até os pais que o filho está apresentando um comportamento que se enquadra em casos de autismo, por exemplo, e alguns pais, a princípio não aceitam”, destaca Gabriela Roncatt, gestora da Educação Especial.

Assim como a gestora Gabriela, o professor Carlos ressalta que se pode identificar e ajudar o aluno muito além do laudo que diagnostica o que ele tem. “Nós acreditamos que cada aluno independente da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID), o nosso trabalho pedagógico vai muito além desse diagnóstico”, diz.

Vera Lúcia Freitas Braga é professora de Matemática da EMEF Francisco de Assis Pereira do bairro Canaã e trabalha com os alunos a colagem, associação dos números com a imagem. “Eu trabalho a matemática de uma forma bem simples, mas que surte muito efeito com os alunos, eles tem um atraso no aprendizado, mas conseguem aprender, no tempo deles”, afirma a professora.

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Texto: Andressa Mota
Foto(s): Andressa Mota

Publicado em quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Atualizado em quarta-feira, 22 de novembro de 2017

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