PREFEITURA MUNICIPAL DE VIANA - ES

Nesta sexta-feira, 17 de março, é o Dia Nacional do Mel. Esse dia representa muito para o município e não é para menos: cerca de 25 toneladas de mel por ano são produzidos pela Associação Vianense de Apicultores (Aviapis). E, para aprimorar ainda mais essa produção, em breve estes apicultores terão a Casa do Mel, em Jucuruaba, que já está com sua estrutura pronta e segue para a fase do reboco.

O espaço, que vai facilitar o manejo e beneficiamento do mel no município, já está com a alvenaria e o telhado concluídos, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Urbano.  De acordo com o presidente da Aviapis, João Policarpo, com a Casa do Mel finalizada será possível atender a todas às exigências de qualificação, inclusive, criar um selo de certificação. “Com a Casa do Mel vamos ter um maior controle e qualidade da nossa produção, além de alcançar o selo de controle do produto”, disse João Policarpo.

Construída na área do Centro de Educação Ambiental de Jucuruaba, a Casa do Mel sediará a Associação e contará com recepção, salas de processamento, higienização, embalagem, banheiros, copa, sala para depósito de materiais químicos, entre outros espaços.

Policarpo enfatiza que, atualmente, são produzidas no município cerca de 25 toneladas de mel ao ano. “A produção tem beneficiado empresários, alunos das escolas da rede municipal, municípios vizinhos e, até mesmo, o Estado de São Paulo”. 

Mel no cardápio escolar

O mel tem deixado a hora do recreio dos alunos da rede municipal ainda mais divertida e saborosa. Segundo a secretária de Educação, Esportes e Lazer, Luzian Belisário, parte dessa produção é distribuída em sachês para os alunos do Ensino Fundamental.

“Neste momento, estamos em processo de finalização da Chamada Pública e, em breve, o mel estará disponível no cardápio escolar dos alunos durante o ano todo”, disse. A nutricionista e coordenadora de alimentação escolar Mariana Carneiro Figueiredo afirma que com o produto à mesa na hora do recreio, os alunos ganham em nutrientes que só trazem benefícios para a saúde.

“O mel é fonte de energia, vitaminas e minerais. Um dos objetivos dessa inclusão no cardápio escolar é contribuir para uma alimentação mais saudável e rica em nutrientes para as crianças”, conta.  Ela destaca que o mel é um alimento energético, rico em minerais como potássio, fósforo e magnésio, que são importantes para o funcionamento do organismo, além de ser um ótimo aliado nos casos de gripe e resfriado.

Segundo a nutricionista, 27 escolas já foram atendidas com o mel e voltarão com o produto na hora do recreio. São escolas de Ensino Fundamental e, também, unidades da área rural. “O alimento é contra indicado para crianças menores de três anos, pois o sistema digestivo ainda não está totalmente desenvolvido. Até os três anos, a possibilidade de intoxicações graves é bem maior”, explica.

 Produção com abelhas sem ferrão e mercado em São Paulo

O apicultor Guilherme Wilson Cardoso, do Assentamento Jucuruaba, faz parte da Aviapis e tem testado a produção de mel com abelhas sem ferrão, também chamada de meliponicultura. O teste foi feito com as abelhas jataí e a uruçu, que segundo ele é bem mais rentável. Porém, é uma produção menor que as abelhas com ferrão.

“Já estou colhendo o mel da jataí. Em dezembro fiz a colheita de cinco litros e já estou comercializando para moradores da nossa região. O rendimento por colmeia é menor que o das abelhas com ferrão. Porém, em função de sua facilidade de manejo vale muito a pena”, afirma Guilherme.

Atualmente, o apicultor possui 25 enxames da espécie Jataí e dez da Uruçu em sua propriedade. Ele explica que, apesar do processo com as abelhas sem ferrão ser demorado, vale muito a pena. “Qualquer pessoa pode trabalhar com elas. São inofensivas e o retorno tem sido muito bom”, disse. No início de abril, Guilherme vai fazer mais uma colheita com as abelhas jataí. Ele conta que o processo é bem mais demorado em relação à espécie Uruçu.  

Por ano, ele colhe cerca de 800 kg de mel com as abelhas africanas (com ferrão) e comercializa em atacados do município. Nessa etapa o produto ganha mercado fora do Estado, ganhando espaço no Estado de São Paulo, para onde é revendido. Já, em relação à produtividade da abelha sem ferrão, Guilherme colhe cerca de dez litros ao ano.

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Texto: Andressa Rocon
Foto(s): Divulgação

Publicado em sexta-feira, 17 de março de 2017

Atualizado em sexta-feira, 17 de março de 2017